Tipos de câncer

Nasofaringe

O câncer de nasofaringe é um tumor raro que se desenvolve na porção superior da faringe (do fundo do nariz até a laringe e o esôfago). A infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr, o mesmo da mononucleose, é o principal fator de risco. Saiba mais.
3 min de leitura
por: Grupo Oncoclínicas
Nasofaringe
O câncer de nasofaringe é um tumor raro que se desenvolve na porção superior da faringe (do fundo do nariz até a laringe e o esôfago).

O que é câncer de nasofaringe

Câncer de nasofaringe é o tumor maligno que acomete a porção superior da faringe, órgão aerodigestivo que se estende desde o fundo do nariz até a laringe e o esôfago. Trata-se de um tipo raro de câncer de cabeça e pescoço, com incidência de menos de um caso para cada 100 mil pessoas por ano na maior parte do mundo. Em algumas regiões, no entanto, essa incidência é maior, como no sul da China e no sudeste asiático.

Embora a causa do câncer de nasofaringe não seja definida para muitos casos, o carcinoma de nasofaringe está fortemente relacionado com a infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que é o mesmo vírus causador da mononucleose (doença do beijo). Essa é o principal fator de risco para a doença.

O risco de desenvolver câncer de nasofaringe aumenta à medida que a idade avança, mas pode ocorrer em pessoas de todas as faixas etárias. Nos EUA, cerca de metade dos pacientes com esse tipo de câncer tem menos de 55 anos. No Brasil, cerca de 835 novos casos são diagnosticados anualmente, o que corresponde a 0,14% do total de neoplasias.

Subtipos de câncer de nasofaringe

Na maioria dos casos, o câncer de nasofaringe é um carcinoma, tumor que se inicia nas células epiteliais que revestem as superfícies interna e externa da região.

Os carcinomas de nasofaringe são classificados de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) em três subtipos:

  • Tipo 1: carcinoma escamoso queratinizado (70-80% relacionados ao EBV);
  • Tipo 2: carcinoma diferenciado não-queratinizado (praticamente todos relacionados ao EBV);
  • Tipo 3: carcinoma indiferenciado não-queratinizado (o mais comum; praticamente todos relacionados ao EBV).

O câncer de nasofaringe também pode ser um linfoma, tumor de células do sistema imunológico encontradas em todo o corpo, inclusive na nasofaringe.

Sintomas e sinais de câncer de nasofaringe

Os primeiros sintomas do câncer de nasofaringe costumam ser obstrução nasal persistente, sangramento pelo nariz e surgimento de caroços no pescoço – este último causado pela propagação da doença para os linfonodos cervical.

Outros sintomas incluem:

  • Dor e sensação de entupimento nos ouvidos;
  • Perda parcial de audição;
  • Infecção de repetição nos ouvidos;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Dor de garganta persistente;
  • Inchaço no rosto;
  • Secreção pelo nariz;
  • Paralisia facial;
  • Alterações visuais.

Diagnóstico de câncer de nasofaringe

O diagnóstico do câncer de nasofaringe deve ser feito por médico especializado e experiente que desconfie do conjunto de sintomas do paciente.

O primeiro exame feito é clínico, com a visualização da nasofaringe por meio de um espelho especial ou um tubo flexível (endoscópio). No caso do endoscópio, ele é colocado através do nariz ou eventualmente da boca para que o médico possa ter uma boa visão da região.

Caso seja encontrado um tumor, uma amostra de seu tecido é retirada (biópsia) para análise do patologista, que confirmará ou não o diagnóstico.

Após a confirmação anatomopatológica são realizados exames de imagem como tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou PET Scan, para avaliar a extensão da doença e definir a melhor estratégia de tratamento.

Tratamento

Devido à sua localização, o tratamento cirúrgico do câncer de nasofaringe é quase sempre contraindicado. A maioria dos pacientes é tratada com uma combinação de quimioterapia e radioterapia, e o tumor costuma responder muito bem a esses tratamentos.

Se o tumor for recorrente, pode-se considerar uma nova radioterapia, um resgate cirúrgico ou apenas tratamento sistêmico com quimioterapia.

Prevenção

Não existe exame de rastreamento que possa ser feito. A redução da exposição ao EBV seria a única forma de prevenir o desenvolvimento da doença.

 

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