Tipos de câncer

Corpo de Útero – Endométrio

O câncer do corpo do útero é um tumor que se desenvolve no endométrio. Pode se desenvolver no revestimento, na musculatura e no tecido da região. É o sexto mais comum entre as mulheres. Sangramento é o principal sintoma da doença.
4 min de leitura
por: Grupo Oncoclínicas
Corpo de Útero – Endométrio
O câncer do corpo do útero é um tumor que se desenvolve no endométrio. É o sexto mais comum entre as mulheres e o sangramento é o principal sintoma.

O câncer do corpo do útero é a proliferação descontrolada de células dentro do útero, órgão onde o feto se desenvolve. A doença pode se iniciar no revestimento interno, na musculatura ou no tecido de sustentação do útero e ocorre em qualquer faixa etária, mas é mais comum em mulheres que já estão na menopausa.

É o sexto tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, com cerca de 380 mil novos casos por ano.

No Brasil, o câncer do corpo do útero ocupa a oitava posição entre os tumores malignos mais incidentes na população feminina (excetuando-se o câncer de pele não melanoma). Para 2020, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estimou 6.540 novos casos no país.

Tipos do câncer do corpo do útero

Existem dois tipos de câncer do corpo do útero: o carcinoma e o sarcoma.

Mais de 95% dos casos de tumores malignos do útero são carcinomas. Eles começam no endométrio – o revestimento interno do útero – e são chamados carcinomas de endométrio.

Os outros casos são os sarcomas, originados na musculatura ou em tecidos uterinos e classificados de acordo com o tipo de célula a partir de que se desenvolvem. São divididos em:

  • Leiomiossarcomas uterinos – começam no miométrio (parede muscular do útero) e representam 2% dos tumores;
  • Sarcomas estromais do endométrio – desenvolvem-se no tecido conjuntivo de suporte do endométrio (o estroma). Representam 1% dos cânceres uterinos e oferecem os melhores prognósticos de recuperação entre os sarcomas no útero; e
  • Sarcomas indiferenciados – embora costumem ser considerados um subtipo de sarcoma estromal do endométrio, são mais agressivos e precisam de tratamento diferente. Também representam 1% dos tumores malignos uterinos.

Além deles, existe ainda o raro carcinossarcoma. Os tumores se originam no endométrio e têm características tanto de carcinomas quanto de sarcomas. São conhecidos como tumores mesodermais mistos ou tumores mullerianos mistos malignos.

Sintomas do câncer do corpo do útero

Não existe exame de rastreamento do câncer de endométrio, por isso é importante atentar para os sintomas desta doença. O sangramento vaginal é o sintoma mais comum do câncer do corpo do útero. Isso inclui:

  • Sangramento vaginal entre os ciclos menstruais ou mais intenso que o habitual durante o ciclo. Lembrando que apenas cerca de 20% dos casos são diagnósticos em mulheres férteis e, portanto, com ciclos menstruais; e
  • Qualquer sangramento vaginal em mulher que já se encontra na menopausa.

Além do sangramento, são sintomas:

  • Dor pélvica;
  • Fadiga;
  • Anorexia;
  • Perda de peso sem motivo aparente.

Diagnóstico do câncer do corpo do útero

Diante da existência de sintomas, o médico ginecologista parte para a detecção do câncer do corpo do útero. Para tanto, o profissional realiza exames e procedimentos que permitem visualizar o útero e seu interior e auxiliar no diagnóstico. São eles:

  • Exame físico;
  • Ultrassonografia transvaginal;
  • Histeroscopia (visualização do interior do útero através de câmera introduzida pela vagina); e
  • Biópsia do endométrio (retirada de pequena amostra da camada interna do útero para análise microscópica).

Detectado o câncer do corpo do útero, verifica-se seu estadiamento – o estágio em que ele se encontra e se está restrito ao local de origem ou se há disseminação para outros órgãos. Realizam-se, então, os seguintes exames:

  • Exame pélvico (com espéculo e toque vaginal);
  • Exames de imagem (tais como radiografia, ultrassonografia, tomografia, ressonância nuclear magnética).

É a partir daí que se define o tratamento para o câncer.

Tratamento

A decisão pelo tipo de tratamento para o câncer do corpo do útero dependerá de fatores como estadiamento da doença, idade e estado geral de saúde da paciente, tipo de tumor e intenção futura de ter filhos.

São empregados, isoladamente ou em conjunto, os seguintes tipos de tratamentos na busca pela cura do câncer do corpo do útero:

  • Cirurgia – remoção do câncer por meio de intervenção cirúrgica. Na maioria dos casos, recorre-se à histerectomia, que é a cirurgia de remoção de útero, ovários e trompas;
  • Radioterapia – complementar à cirurgia, ela utiliza radiação em altas doses para eliminar células cancerosas que possam ainda estar presentes. Pode ser externa (aplicada fora do corpo) ou interna (aplicada diretamente dentro da vagina);
  • Quimioterapia – uso de drogas para impedir o crescimento e matar as células cancerosas;
  • Hormonioterapia – uso de medicamentos para inibir a atividade de hormônios que possam causar o crescimento do tumor do câncer do corpo do útero.

Prevenção

A melhor prevenção contra o câncer é evitar fatores ou tratar/controlar rapidamente doenças e condições de saúde que beneficiem seu desenvolvimento.

Os principais fatores a serem evitados no sentido de prevenir o câncer do corpo do útero são:

  • Excesso de gordura corporal;
  • Sedentarismo;
  • Dietas com carga glicêmica elevada (quantidade alta de carboidratos e/ou alimentação rica em produtos processados e ultraprocessados);
  • Uso de estrogênio para reposição hormonal após a menopausa.

Entre as doenças e condições de saúde a serem tratadas ou controladas rapidamente para evitar o desenvolvimento do câncer do corpo do útero destacam-se:

  • Predisposição genética;
  • Diabetes mellitus;
  • Hiperplasia endometrial;
  • Falta de ovulação crônica;
  • Síndrome do ovário policístico;
  • Síndrome de Lynch.

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